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sábado, 24 de setembro de 2005

Paulo Autran, sobre "Escombros"

"Tive a oportunidade de ler o texto "Escombros" de Leonardo Cortez e fiquei verdadeiramente entusiasmado com a qualidade desse trabalho. Mandei, inclusive, o texto para alguns colegas de profissão, justamente por acreditar que "Escombros" é uma peça moderna , brasileira e que trás uma contundente crítica social, além de ser um prato cheio para os atores que irão encarnar os engraçados e mesquinhos personagens da trama. Recomendo, portanto, esse novo trabalho desse jovem e promissor autor de teatro."

Paulo Autran, Ator.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

"Escombros" por Everton de Castro

"Escombros é uma sucessão de acertos, a partir do texto de Leonardo Cortez: uma radiografia nua e crua do desmoronamento moral da classe média brasileira, através da metáfora do prédio que está ruindo. Nos dias de hoje em que caíram as máscaras dos políticos e empresários desprovidos de ética e que um "lençol freático" vai desmoronando os últimos muros de arrimo de uma falsa democracia, nada mais pertinente do que denunciar esse estado de coisa e, maravilha, através da comédia. A direção de Frederico Foroni e Leonardo Cortez também acerta ao eleger a simplicidade da comunicação verdadeira e da vivência das personagens, nunca resvalando para a chanchada ou super representação, realçando o ponto alto do espetáculo que são as interpretações de todo o elenco com um destaque especial para Mariana Loureiro, dona de um invejável tempo de comédia e simplicidade de intérprete (...)"
Everton de Castro, Ator.

"Escombros" por Marcelo Denny

"(...) Nunca cedendo ao humor fácil e rasteiro, Leonardo Cortez e sua trupe alcançam um trabalho com ritmo, inteligência capazes de prender toda a platéia, já tão castigada com CPIs e escândalos na vida pública do país. Com atores com timing perfeito e um entrosamento invejável, o grupo ainda bem apoiado pelas simples e eficazes saídas da encenação, que propõem um desenrolar que beira o absurdo e nunca "perde a mão" e a força de sutis denúncias, sem apontar vilões e sim deflagrando numa análise amoral e por vezes ácida sobre a família, o trabalho, ética e drama social. Um vôo perfeito que conta com total empatia do público que testemunha uma família e um edifício se desmoronando e seus desdobramentos ora engraçados, ora dramáticos".
Marcelo Denny, Diretor Teatral.

"Escombros" por Sebasião Milaré

"(...)A partir da entrada do personagem Otávio as coisas começam a acontecer. É quando o autor conduz lindamente do "desmonte" físico do edifício simultaneamente ao "desmonte" moral e espiritual dos personagens. Até chegar a uma cruel revelação dos escombros humanos, muito mais poderosos e significativos do que os escombros do edifício. O diálogo final soa como um estertor estranhamente suave. É brilhante."
Sebastião Milaré, Crítico Teatral.

terça-feira, 20 de setembro de 2005

"Escombros" por Afonso Gentil

Você lê esse nome - "Escombros" no guia teatral dos jornais e se indaga: "ué, o que será isso? Mais um cacete drama sobre a "incomunicabilidade humana numa grande metrópole como São Paulo"? Surpresa das surpresas: "Escombros" é uma despretensiosa, de início, e inteligente ao seu desenrolar, sátira ao mercado do trabalho e às suas regras implacáveis de exclusão, a gerar a implosão dos valores humanos familiares e sociais. Leonardo Cortez (guardem esse nome) é o autor - não iniciante - desta simpática e contundente comédia, com elenco bastante eficiente nos diferentes tons da narrativa, o próprio Leonardo à frente. Cartaz, por enquanto, no Centro Cultural São Paulo, lotando a sala Paulo Emílio Sales Gomes. Sai em 25-9, mas merece voltar.
Afonso Gentil, Crítico Teatral ( site Aplauso Brasil, setembro de 2005)

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

"Escombros" por Maria Lucia Candeias

"(...)A obra revela um autor de futuro e cai como uma luva numa temporada tão carente de boa dramaturgia. O texto segue a estrutura das comédias tradicionais, mas de fato é uma sátira política e social. Tudo se passa na casa da família, um cenário meio velho, como a demonstrar que está tudo meio em ruínas. Quem se encarregou de todo o visual foi o diretor Foroni, responsável pelas boas escolhas de cenário, figurino e iluminação. O elenco é todo muito competente, composto por egressos da Escola de Arte Dramática (EAD) e da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP)."
Maria Lúcia Candeias, Crítica Teatral ( Gazeta Mercantil, 16 de setembro de 2005)